Sadismo

O foco parafílico do Sadismo Sexual envolve atos (reais, não simulados) nos quais o indivíduo deriva excitação sexual do sofrimento psicológico ou físico (incluindo humilhação) da vítima. Alguns indivíduos com esta Parafilia se sentem perturbados por suas fantasias sádicas, que podem ser invocadas durante a atividade sexual mas não são atuadas de outro modo; nesses casos, as fantasias sádicas envolvem, habitualmente, o completo controle sobre a vítima, que se sente aterrorizada ante o ato sádico iminente. Outros atuam segundo seus anseios sádicos com um parceiro que consente em sofrer dor ou humilhação (e que pode ter Masoquismo Sexual).

Outros, ainda, colocam em prática seus anseios sexuais sádicos com vítimas que não dão consentimento. Em todos esses casos, o que causa excitação sexual é o sofrimento da vítima. As fantasias ou atos sádicos podem envolver atividades que indicam o domínio do indivíduo sobre a vítima (por ex., forçar a vítima a rastejar ou mantê-la em uma jaula). Os indivíduos também podem atar, vendar, dar palmadas, espancar, chicotear, beliscar, bater, queimar, administrar choques elétricos, estuprar, cortar, esfaquear, estrangular, torturar, mutilar ou matar a vítima. As fantasias sexuais sádicas tendem a ter estado presentes na infância. A idade de início das atividades sádicas é variável, mas habitualmente ocorre nos primeiros anos da vida adulta. O Sadismo Sexual geralmente é crônico.

Quando o Sadismo Sexual é praticado com parceiros que não consentem com a prática, a atividade tende a ser repetida até que o indivíduo com Sadismo Sexual seja preso. Alguns indivíduos com Sadismo Sexual podem dedicar-se a atos sádicos por muitos anos, sem necessidade de aumentar o potencial de infligir sérios danos físicos. Geralmente, entretanto, a gravidade dos atos sádicos aumenta com o tempo. Quando o Sadismo Sexual é severo, e especialmente quando está associado com Transtorno da Personalidade Anti-Social, os indivíduos podem ferir gravemente ou matar suas vítimas.

Sexualidade

Este é um termo complexo que denota os seguintes aspectos de modo interativo: a) a escolha do parceiro sexual quanto ao seu sexo; b) a identificação psicológica da pessoa com o sexo feminino ou masculino, independente de seu sexo biológico; c) modo de atividade utilizado para obter satisfação sexual. Segundo Laplanche e Pontalis, o termo sexualidade não designa apenas atividades e o prazer que dependem do funcionamento genital, mas toda uma série de excitações e atividades presentes desde a infância, cujo prazer é irredutível à satisfação de uma necessidade fisiológica básica.

O que é sexual é da ordem do desejo, da libido. "A questão da sexualidade começa na infância. Ao alimentar o bebê, a mãe (ou a substituta) não está apenas saciando a fome, mas há, aí, uma experiência de PRAZER: prazer da mãe que alimente, o contato corporal, a mãe que conversa e acaricia seu bebê, criando, assim, um gozo na fusão e completude entre mãe e filho. Nesta fase da vida, é impossível para o bebê distinguir a satisfação do saciamento da fome da satisfação sexual, elas coexistem. Podemos pensar a sexualidade como instâncias de satisfações físicas somadas às experiências psíquicas"

Sistema Dopaminérgico

Cinco receptores diferentes de dopamina que podem dividir-se em duas subfamílias segundo suas propriedades farmacológicas. A subfamília D2 contém os receptores D2, D3 e D4, os quais se unem com grande afinidade aos neurolépticos clássicos. Diferenciam-se em sua capacidade para reconhecer determinados neurolépticos. Os receptores D3 e D4 possuem uma maior afinidade por alguns neurolépticos atípicos e sua localização nos tecidos cerebrais é significativamente diferente do receptor D2.

Sistema Extrapiramidal

Sistema Extrapiramidal é um conjunto de vias nervosas poli-sinápticas, as quais incluem os núcleos da base e os núcleos subcorticais, relacionados ao comportamento motor. Este sistema controla principalmente a atividade postural estática, enquanto que o sistema piramidal intervém fundamentalmente nos movimentos voluntários. O Sistema Extrapiramidal é formado por uma rede de neurônios localizada em regiões específicas do encéfalo e do tronco encefálico, tais como núcleos basais, formação reticular, núcleos vestibulares e núcleo rojo. Os neurotransmissores implicados na função do Sistema Extrapiramidal são a Dopamina, a Serotonina, a Acetilcolina e o Ácido gamma-aminobutírico.

Sistema GABAérgico

O Sistema GABAérgico é um sistema inibitório por excelência do Sistema Nervoso Central, formado por neurônios que contém ácido gammaminobutírico (GABA). Os neurônios GABAérgicos se encontram distribuídos por todo o SNC. Atua através de dois tipos de receptores, GABA A e GABA B. Os receptores GABA A se encontram situados por todo o SNC e formam um complexo junto com os canais de cloro. Os benzodiazepínicos têm uma alta afinidade por os receptores GABA A e potenciam o efeito inibidor do GABA produzindo a ansiolíse. Os receptores GABA B estão unidos aos canais de cálcio e potássio, e se unem à proteína G, e ainda que têm uma distribuição menor, jogam um papel importante modulando a liberação de os neurotransmissores cálcio-dependentes.

Sistema Límbico

Em 1878, o neurologista francês Paul Broca observou que, na superfície medial do cérebro dos mamíferos, logo abaixo do cortex, existe uma região constituída por núcleos de células cinzentas (neurônios), a qual ele deu o nome de lobo límbico (do latim limbus, que traduz a idéia de círculo, anel, em torno de, etc), uma vez que ela forma uma espécie de borda ao redor do tronco encefálico (em outra parte desse texto escreveremos mais sobre esses núcleos). Esse conjunto de estruturas, mais tarde denominado Sistema Límbico, surgiu com a emergência dos mamíferos inferiores (mais antigos). É ele que comanda certos comportamentos necessários à sobrevivência de todos os mamíferos, cria e modula funções mais específicas, as quais permitem ao animal distinguir entre o que lhe agrada ou desagrada.

Aquí se desenvolvem funções afetivas, como a que induz as fêmeas a cuidarem atentamente de suas crias, ou a que promove a tendência desses animais a desenvolverem comportamentos lúdicos (gostar de brincar). Emoções e sentimentos, como ira, pavor, paixão, amor, ódio, alegria e tristeza, são criações mamíferas, originadas no Sistema Límbico. Este sistema é também responsável por alguns aspectos da identidade pessoal e por importantes funções ligadas à memória. E, com a chegada dos mamíferos superiores ao planeta, desenvolveu-se, finalmente, a terceira unidade cerebral : o neopálio ou cérebro racional, uma rede complexa de células nervosas altamente diferenciadas, capazes de produzirem uma linguagem simbólica, assim permitindo ao homem desempenhar tarefas intelectuais como leitura, escrita e cálculo matemático. O neopálio é o gerador de idéias ou, como diz Paul MacLean - " ele é a mãe da invenção e o pai do pensamento abstrato".

Somatiforme, ou Somatomorfo, ou de Somatização

A característica comum dos Transtornos Somatoformes é a presença de sintomas físicos que sugerem uma condição médica geral (daí,o termo somatoforme), porém não são completamente explicados por uma condição médica geral, pelos efeitos diretos de uma substância ou por um outro transtorno mental (por ex., Transtorno de Pânico). Os sintomas devem causar sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social ou ocupacional ou em outras áreas importantes.

Em comparação com os Transtornos Factícios e a Simulação, os sintomas físicos não são intencionais (isto é, não estão sob o controle voluntário). Os Transtornos Somatoformes diferem dos Fatores Psicológicos que Afetam a Condição Médica, na medida em que não existe uma condição médica geral diagnosticável que explique plenamente os sintomas físicos. O agrupamento desses transtornos em uma única seção fundamenta-se mais na utilidade clínica (isto é, a necessidade de excluir condições médicas gerais ocultas ou etiologias induzidas por substâncias para os sintomas físicos) do que em premissas envolvendo uma etiologia ou mecanismo em comum. Esses transtornos são encontrados com freqüência nos contextos médicos gerais.

Suicídio

"O termo suicídio define um comportamento ou acto que visa a antecipação da própria morte. Essencialmente ele resulta de um processo em que a dor psicológica intensa conseqüência de acontecimentos que tornam a vida dolorosa e/ou insuportável, em que deixam de existir quaisquer soluções que permitam escapar a um processo de introspecção, que deixa como única solução, a morte do próprio individuo.

Este processo desenvolve-se regra geral, gradualmente num sentido negativo provocando um estado dicotômico em que passam a existir apenas duas soluções possíveis para um problema ou situação (tudo ou nada; viver ou morrer). Refira-se que uma das palavras mais relevante e perigosa em suicidologia é a palavra “apenas”, que denuncia exatamente o estado de constrição da mente evidenciando o estreitamento do focos de atenção. Concorrem para este comportamento fatores psicológicos diversos de entre os quais se destacam a depressão, abuso de drogas ou álcool, doenças do foro psiquiátrico tais como esquizofrenia, depressão bipolar, distúrbio de stress pos-traumático, distúrbio de personalidade borderline entre outros fatores." Dr. Mário Proença proenca.mario@suicide-parasuicide.rumos.com

Subconsciente

O Subconsciente deve ser estudado juntamente com o estudo da Atenção. Subconsciente é diferente do inconsciente. O aspecto para o qual se dirige a Atenção é chamado de alvo (ou foco), por isso e apropriadamente, podemos fazer uma analogia didática do focalizar da consciência com um alvo de tiro. O elemento que, em dado momento, constitui o objeto de nossa Atenção, ocupa sempre o ponto central do campo da consciência. O centro desse alvo perceptual corresponde ao grau máximo de consciência e é denominado foco da Atenção.

Tudo o que é focalizado (no foco) pela consciência é percebido com Atenção mas, em seu redor, porém, existem outros objetos ou fenômenos psíquicos, os quais, sem ter abandonado o campo da consciência, deixam de ser objeto de Atenção. Os círculos concêntricos mais próximos exprimem, esquematicamente, a área Subconsciente e o círculo mais afastado o inconsciente. O elemento que, em dado momento, constitui o objeto de nossa Atenção, ocupa sempre o ponto central do campo da consciência, portanto, nossa capacidade para concentrar a atividade da consciência em uma só coisa acaba, forçosamente, excluindo total ou parcialmente as demais. Entre as partes deste conjunto composto pela consciência, subconsciente e inconsciente não é possível estabelecer limites de nítidos.