MUSEU DO INCONSCIENTE

Museu do, oficialmente criado em maio de 1952, o Museu do Inconsciente teve origem na seção de Terapêutica Ocupacional, criada e dirigia pela médica Nise da Silveira, no Centro Psiquiátrico Nacional (Rio de Janeiro, 1946). Surgiu dos ateliês de pintura e modelagem, instalados para terapia ocupacional. Aos poucos, estes ateliês foram se revelando uma atividade de grande interesse científico por permitir acesso ao mundo interno do paciente esquizofrênico (ver Esquizofrenia).

Em 1947 e 1949, exposições com trabalhos de internos do Rio de Janeiro e São Paulo despertaram interesse entre os críticos de arte. Durante o I Congresso Internacional de Psiquiatria, realizado em 1950 em Paris, foi apresentada uma exposição de arte psicopatológica para onde foram enviados desenhos, pinturas e modelagens de sete esquizofrênicos brasileiros.

Com o crescimento do acervo, foi inaugurado, oficialmente, o Museu de Imagens do Inconsciente. Em 1957, obras do Museu do Inconsciente participaram da exposição A esquizofrenia em imagens, inaugurada por C.G. Jung, no II Congresso Internacional de Psiquiatria (Zurique, Suíça). Posteriormente, algumas destas obras foram levadas a Paris para, juntamente com pinturas de doentes psiquiátricos franceses, integrar outra exposição.

Uma comissão de críticos de arte julgou os trabalhos e o primeiro prêmio coube ao brasileiro Fernando Diniz Em 1973, o Museu foi aceito como membro do International Council of Museums (Conselho Internacional de Museus, ICOM). Dentre as atividades do museu, além da organização e preservação do acervo da coleção artística que, atualmente, conta com cerca de 300 mil documentos, entre telas, desenhos, pinturas e modelagens, constam a realização de cursos, publicações, exposições, documentários e grupos de estudos, envolvendo a participação de internos.